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20 de mar. de 2009

Análise Crítica do Filme O Terminal



O filme mostra a história de um homem (Victor), que foi impedido de entrar nos Estados Unidos por não ter seu passaporte reconhecido no terminal do aeroporto e também é proibido retornar para seu país de origem devido a um golpe político que acaba de se iniciar. Logo ele é obrigado a permanecer no aeroporto sob responsabilidade de um oficial da segurança até que seja resolvida sua situação. A partir desse momento ele passa a morar no aeroporto, não imagina que passará meses e mais meses nesse lugar e começa a enfrentar inúmeras dificuldades. Existem linguagens não verbais expostas no filme, as quais ficam explicitadas quando: o ruído da câmera chama atenção de Victor, ou quando o hino de seu país é tocado no noticiário da TV e ou com o barulho estrondoso do avião que acorda Victor. São abordagens que dispensam o uso das palavras para que seja entendido o seu significado. Outra situação clara de dificuldade com a linguagem não verbal é a ausência de comunicados visuais em situações obvias ou a não observação dos comunicados visuais, a exemplo da cena do piso molhado, o telefone que está com defeito e ou o choque de Victor com a porta de vidro. A ausência ou até mesmo a não observação dos comunicados visuais promovem a desinformação no determinado contexto acarretando assim uma série de problemas. O filme apresenta uma rica e interessante linguagem mista, que nos permite apreciar não só sua utilização, como também a dificuldade do emissor se fazer entender pelo receptor, pois o fator cultural promove uma distorção sobre a percepção da informação. O que fica claro na cena em que Frank tenta explicar a Victor a situação do seu país usando objetos, gestos e palavras (maçã e saco de batatas fritas), porém Victor associa esse esforço à designação “Big Apple”. Existem vários outros exemplos de dificuldades de comunicação no filme, e relacionado à comunicação percebe-se também que a seguinte máxima se faz presente: “Quem tem informação domina o mundo” e fica claro quando temos a manifestação da popular “Rádio pião” quando o faxineiro passa para os demais funcionários do terminal a versão dele dos fatos no qual Victor ajuda seu conterrâneo. Neste mesmo trecho é possível perceber Victor utilizando até de uma forma monopolista o seu conhecimento para manipular as informações passadas pelo seu conterrâneo, pelo simples fato de seu único detentor do código lingüístico discutido daquele momento. O domínio e a percepção das diversas formas de códigos que permeiam nosso meio acrescido de valores culturais e conhecimento amplo, promovem juntos o entendimento da forma mais clara e real possível da informação. O terminal é uma foto de uma série de dificuldades enfrentadas no dia a dia que em alguns casos passa despercebido pelos olhos cansados da rotina.

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